domingo, 4 de outubro de 2015

Os 40 homens de 1801

A primeira fronteira do Rio Grande passava por Rio Pardo

Em 31 de janeiro de 1754, 20 milicianos que abriam caminho pelo Jacuí e chegavam a Rio Pardo foram atacados por índios (sic) e perderam três homens. O tenente de Dragões Francisco Pinto Bandeira estava em Viamão e recebeu ordem para ir com todos os paulistas que residiam em Viamão e outros paulistas que se tinham mandado alistar, fosse escolher os atravessadores e guarnecer o passo do Rio Pardo por onde poderiam ser surpreendidos no caso de que os Tapes se resolvessem a disputar aqueles campos.

De fato, antes de um mês Rio Pardo sofreu o primeiro assalto, já em termos de guerra, por cerca de mil Índios comandados pelo tão decantado Sepé e todos assistidos militarmente pelo Pe. Tadeu Xavier Henis S.J.. Este Jesuíta deixou um pormenorizado “Diário de la Guerra del Paraguay” e “Efemérides de la Guerra de los Guaranis desde el ano de 1754” que pode ser lido no volume LII dos Anais da Biblioteca Nacional.

De Rio Pardo às Missões


Em agosto de 1801, tropas irregulares de luso-brasileiras tomaram as missões, apoiadas por missioneiros descontentes com a administração espanhola. O desertor do Regimento Dragões do Rio Pardo, de Rio Pardo - RS., José Borges do Canto, juntou-se a outros quarenta homens e tomou posse de parte das Missões, até então, dominadas pelos Espanhóis. Entregou-as ao Governo Português, o qual, como recompensa, juntamente com seus homens, recebeu de presente o Rincão do Icamaquan, compreendido entre os rios Piratinin, Icamaquan e Uruguai. 

As famílias de Justo e Valeriano Ferreira de Moraes/Bica e de Antonio Lopes Pacheco estiveram ligadas desde a primeira metade do Século XIX na localidade de Bossoroca/RS, distrito de São Borja.

Antonio Lopes Pacheco e Justo Ferreira de Moraes estavam entre os mercenários de 1801. Receberam, cada um, em torno de cinquenta quadras de campo, localizadas onde hoje, é o Rincão da Timbaúva.
Fonte: http://bossorocars.blogspot.com.br/p/curiosidades-da-buena-terra-missioneira.html


A seguir, apresentamos parte da árvore genealógica de Justo Ferreira de Moraes.





Fonte: pesquisa em http://pufal.blogspot.com.br/2014_01_01_archive.html e construção de árvore genealógica pela autora em http://gw.geneanet.org/gloriatody_w?lang=pt&&n=ferreira+de+moraes&oc=0&p=valeriano&type=tree



Antônio Lopes Pacheco casou-se com Maria Josefa Ferreira de Moraes, filha de Valeriano Ferreira de Moraes (1798-1868) e Guiomar Angélica Santos (1795-1856).





quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Quevedos/RS



Li no site da Prefeitura de Quevedos/RS que o paulista José de Quevedo de Macedo, falecido em 1842, casado com Ana Gomes da Silva Santos chegou ao local em  que está hoje o município 1802.

Tiveram Januário Gomes de Quevedo, casado com Francisca Lopes de Almeida. Este casal teve Salvador Gomes de Quevedo, casado com Felisberta Antônia Rodrigues. Estes tiveram Hipolito Gomes de Quevedo, que casou-se com Mafra da Cunha Silveira.

O texto do site indica que nesta época este distrito era chamado São Xavier das Missões.

Em 1834, passou a pertencer ao município de São Martinho da Serra, 2o Distrito de Cruz Alta.

A partir de 1877, com a denominação de "Rincão de Quevedos", fazia parte de São Xavier, 3o Distrito de São Martinho, ao qual ficaria pertencendo até 1901.

Em São Martinho, viviam também Matheus e Agostinho Soares da Silva. Agostinho faleceu em 1848, na Estância de São Pedro, no segundo distrito de Cruz Alta, próximo a Júlio de Castilhos e Tupaciretã. A neta, Amabília Soares de Leiria, assim como Vasco Soares da Silva e Eduardo José da Silva ainda estavam lá nos campos de São Pedro em 1876.

Amabília e Vasco eram também netos de Matheus Soares da Silva, pois seus pais eram primos: Antônio Soares da Silva (1788) era filho de Matheus e Rosa Maria do Nascimento (1808) era filha de Agostinho.

Parece que as possibilidades de casamento entre famílias não eram tantas assim na região das Missões nas primeiras décadas do Século XIX.

Será interessante identificar as fronteiras entre as terras das famílias, enquanto vou procurando os parentescos.


Mafra da Cunha Silveira era irmã de Senhorinha, ambas filhas de Raimundo da Cunha da Silveira (1822-1874) e Guilhermina Hipolita Pereira.

Senhorinha foi mãe de Zélia e Julieta de Lima e Silva, que foram casadas com Flodoardo Martins da Silva. Depois de viúvo de Julieta, com quem casara em Itaqui, Flodoardo casou-se com Zélia e teve mais filhos, entre os quais, meu avô Antônio Augusto de Lima e Silva, pai de minha mãe, nascido em Uruguaiana/RS.












domingo, 6 de setembro de 2015

Alegrete/RS



Em busca dos ascendentes, lemos textos sobre o Alegrete dos anos 1816 a 1835.

Um dos artigo se concentra na análise das relações de compadrio dos oficiais milicianos, na capela de Alegrete, entre 1816 e 1835. As principais fontes empregadas para isso são os registros de batismo e as correspondências oficiais.

O artigo de Luis Augusto Farinatti pode ser lido em http://revistas.unisinos.br/index.php/historia/article/download/htu.2012.163.03/1298

O universo de pessoas que compareceram perante a pia batismal da capela reflete essa heterogeneidade. Em um total de 2.624 registros, 81% eram batismos de pessoas livres, 1% de libertos e 18% de escravos.

Segundo o texto, no dia 1º de fevereiro de 1823, o tenente João Batista de Castilhos e sua mulher, dona Julia Joaquina da Silva, levaram seu filho Thomaz, de 4 meses de idade, para batizar na capela de Alegrete, na província do Rio Grande do Sul. Os padrinhos foram o tenente-coronel Bento Manoel Ribeiro e sua esposa, dona Maria Mâncio da Conceição (Family Search, s.d.). É possível imaginar que o ato tenha ganhado algum destaque naquele povoado de fronteira. Tratava-se de duas famílias da elite da região: grandes fazendeiros, importantes oficiais milicianos, sesmeiros.

A constatação de que os grupos dominantes locais portavam essas características é um lugar-comum historiográfico. O problema é que, muitas vezes, os questionamentos param exatamente onde deveriam começar. O que podemos mesmo saber sobre esses setores de elite?

Nas primeiras décadas do século XIX, os lusobrasileiros promoveram movimentos de conquista das
áreas disputadas com o Império colonial espanhol, localizadas a oeste e sul do Rio Grande de São Pedro. Esses movimentos geraram a apropriação de territórios da margem esquerda do rio Uruguai, dantes pertencentes aos povoados missioneiros guaranis. Tratavam-se de zonas ricas em animais vacuns e cavalares. Ali, eles estabeleceram unidades produtivas dedicadas à pecuária e, em menor
escala, à agricultura, trouxeram suas famílias e adquiriram escravos africanos.Dentro desse contexto, as diferentes parcialidades de guaranis missioneiros tomavam posições diversas: aliavam-se a algum dos lados em guerra, migravam, buscavam se recolocar em suas antigas possessões, agora sob novas e instáveis ordenações políticas. Além  de tudo, remanescentes dos grupos charrua e minuano também procuravam sobreviver e manter sua autonomia (FARINATTI, p.296).

Foi sobre esse território de fronteira, de povoamento multiétnico, que os luso-brasileiros ergueram uma capela, em 1812, às margens de um dos afluentes do Rio Ibicuí. O primeiro edifício da capela foi queimado, quatro anos depois, pelas forças artiguistas. Reconstruída, em 1817, nas proximidades do Rio Ibirapuitã, a capela passou a servir de referencial para o governo imperial português e
também para a população que ali se instalava, sob o nome de Nossa Senhora da Conceição Aparecida de Alegrete. Sua imprecisa jurisdição serviria de base para a criação do município de Alegrete, em 1831 (FARINATTI, p.296).


Entre as sesmarias identificadas no Alegrete a partir de 1814 estão:

Nome: Anacleto Francisco Goularte
Ano: 1814
Concessor: D. Diogo de Souza
Extensão: 1 légua de frente, 3 de fundos
Confrontação a oeste com Albano Machado, Manoel Vargas, a Leste, com Manoel Antonio Severo, Manoel Francisco

Nome: Antonio de Araujo
Ano: 1814
Concessor: D. Diogo de Souza
Extensão: 11 léguas de frente, 12 de fundo

Nome: Antonio Jose da Silva
Ano: 1823

Nome: Florencio Antonio de Araujo
Ano: 1815

Nome: Floriano Alves de Araujo
Ano: 1816
Extensão: 1 legua de frente, 3 de fundos

Nome: João de Lima
Ano: 1814
Concessor: Dom Diogo de Souza
Extensão: Confronta ao Norte com Albino de Lima

NOme: João Pereira Soares
Ano 1814
Concessor: D Diogo de Souza
Extensão: Perto do Caverá e da estânica de São Luiz

Nome: Joaquim Francisco da Silva
Ano: 1816
Concessor: Marques de Alegrete
Extensão: 1 légua de frente, 3 de fundos

Nome: José da Silva Pereira
Ano: 1821
Concessor: Manoel Marquês de Souza
Extensão: 1 légua frente, 3 de fundos, São Martinho

Nome: José Francisco Rodrigues
Ano: 1823

Nome: Joaquim Luiz da Cunha
Ano: 1814
Concessor: Dom Diogo de Souza
Extensão: 3/4 légua frente, 3 de fundos



Albino Pereira de Lima





Contam Moreira e Matheus que, em 11 de janeiro de 1840 faleceu, aos sessenta anos, Albino Pereira de Lima, natural de Taquari. O velho Albino foi enterrado no cemitério de uma de suas duas estâncias, na localidade de Toropasso. Ele foi um dos primeiros sesmeiros da região onde foi instalado o município de Alegrete, tendo recebido carta de sesmaria do governador da Capitania, Dom Diogo de Souza, em 1814.

(http://www.revista.ufpe.br/revistaclio/index.php/revista/article/viewFile/131/100)

Albino era um dos potentados locais, tendo ligação com a parcela da elite alegretense que lutou na Revolução Farroupilha – como fica claro em seu inventário, onde a viúva e testamenteira, Dona Manoela Leocádia de Abreu, sua segunda esposa, declara que os escravos Américo e Salvador não deviam ser arrolados, pois se achavam junto ao Exército Republicano. Tudo isso é explicado no artigo dos referidos autores, no site indicado acima.

Será Albino ascendente de Albino Conceição de Lima, casado com Senhorinha da Cunha Lima, mãe da bisavó Zelia? Será mais um ascendente açoriano que iniciou a vida no Rio Grande do Sul, na região de Rio Parto, Santo Amaro e Taquari, esperando receber sesmaria na fronteira Oeste.

Albino Pereira de Lima, segundo aponta o referido artigo, casou algumas de suas filhas com outros indivíduos bem situados socialmente, caso de Dona Francisca Carolina de Lima, que contraiu matrimônio com Vasco José de Abreu e Dona Mafalda Francisca de Lima que desposou, primeiro, José Monteiro Mâncio e, depois do falecimento deste, o Coronel José Ribeiro de Almeida, irmão do Marechal Bento Manoel Ribeiro.

Albino Pereira deixou à Dona Manoela uma significativa fortuna (descontadas as dívidas, o monte-mor chegou a 121 contos). Dentre vários terrenos e casas no município, Manoela Leocádia herdou uma morada de casas na praça central, com oito janelas de frente, no valor de cinco contos. No segundo distrito Albino possuía duas estâncias, onde criava mais de 14 mil cabeças de gado, 1400 animais cavalares, 4 mil ovelhas, além de casas, mangueiras, outras benfeitorias e extensas terras. Ele ainda possuía outros bens nos municípios de São Borja e Rio Pardo. No inventário também constam 46 escravos.

Fico curiosa para saber se este senhor é meu ascendente, pois sei que o foi Albino Conceição de Lima. Em busca de informações sobre este último, pai da vó Zélia, vi que, em São Borja, em 1909, Albino Conceição de Lima, Major, Conselheiro Municipal, Dono de comércio na Gal. Osório, esquina Gal. Marques. Participou da instalação da primeira loja macônica de São Borja em 1898

Fonte
[http://www.lojaapariciomariense.org.br/site/index.php?option=com_content&view=article&id=116&Itemid=105]

Porém, para manter o sobrenome, Albino deve ser descendente de homens, e não de mulheres, já que estas adotam o sobrenome do marido... então, devo ir em busca dos filhos de Albino Pereira de Lima para testar a hipótese de que meu comprovado ascendente seja dele descendente.


terça-feira, 18 de agosto de 2015

Bisavós e avós dos avós dos avós....




Descobri uma coisa nos últimos dias.

Eu já sabia que meu pai é primo de minha mãe, por isso sou Silva e Silva. Os avôs por parte de pai de cada um deles eram irmãos: Dionísio e Flodoardo Martins da Silva.

Recentemente, descobri que a avó de minha mãe, casada com Flodoardo e cunhada de Dionísio, está também ligada a outra parte de minha família. O avô de meu pai por parte de mãe, meu bisavô, era parente dela. Meus dois bisavós de lados diferentes da família também eram parentes, assim como aqueles citados acima.

Minha bisavó, avó de minha mãe, mãe do meu avô, foi Zélia Cunha de Lima, filha de Senhorinha da Cunha Silveira com Albino Conceição de Lima. O avô materno de meu pai foi Clementino Bica de Almeida, filho de Severiano de Almeida e de Eulália Barbosa Bica. Clementino Ferreira Bica, nascido em 1812, deu origem aos ramos da árvore que alcançaram Zélia Cunha de Lima e Clementino Bica de Almeida, cada um por seu lado.

Soube disso passeando pelos textos de Genealogia Tropeira, Volume VI, organizado por Cláudio Nunes Pereira.

É divertido ver que, no começo de tudo, todos estavam no mesmo barquinho! Lá por 1750... todos chegaram ao Rio Grande...

João Ferreira Bica, nascido em 1729, casou-se com Florência do Sacramento e teve família numerosa. Um dos filhos foi Manoel Ferreira Bica, nascido em 1787. Ele teve Clementino Ferreira Bica, nascido em 1812, que foi avô de Clementino Bica de Almeida, por parte da mãe, Sra. Eulália Barbosa Bica, nascida em 1857. Clementino casou-se com minha bisavó, Maria da Glória Prates de Araújo, avó materna de meu pai.

João Ferreira Bica também foi pai de João Ferreira de Morais em 1769, irmão de Manoel, 18 anos mais moço [verificar]. João casou-se com Maria Joaquina de Jesus. Ele teve Guiomar Maria de Jesus e esta casou-se com Francisco da Cunha Silveira, antepassados de Zélia da Cunha Lima, minha bisavó.


Assim, dois irmãos Bica, filhos de João Ferreira Bica, deram origem a dois "lados" de minha família, diferentes do lado Silva!!




domingo, 9 de agosto de 2015

Cruz Alta/RS



 Estrada de Carretas



As primeiras sesmarias recebidas por Matheus e Agostinho Soares da Silva situavam-se entre Cacequi e São Francisco de Assis, na costa oriental do Rio Ibicuí. Posteriormente, receberam e compraram outras sesmarias. As irmãs e seus cônjuges, quando da concessão das sesmarias, podem tê-los acompanhado para seus novos locais de moradia, ou podem ter permanecido na companhia dos pais em Santo Amaro ou local próximo. Aos poucos, investigaremos... O testamento dos pais de Matheus foi aberto em 1810, em Rio Pardo.

Nesta época, já existia a estrada que, através de São Martinho — pouco ao Norte de Santa Maria e através das futuras Cruz Alta e Passo Fundo, alcançava a Vacaria. Em meados de 1812, “dois Milicianos” por ela transitaram sem serem molestados, embora se deva supor que uma pequena escolta de Milicianos Guaranis os tenha acompanhado (Moacyr Domingues).

Dados de 1818, aproximadamente,  indicam a divisão primitiva das terras do Planalto Médio.

O povoamento das missões se originou nos distritos de Cruz Alta. Naquela região, os irmãos Matheus e Agostinho Soares da Silva tomaram posse de terras. A relação de posse de terras que apresentaremos nesta postagem mostra os nomes dos irmãos na posse da Fazenda Céu Azul, próxima ao Ivaí, na atual Júlio de Castilhos.

Boa parte dos primeiros povoadores da região fixaram-se a partir do tropeirismo. Eram paranaenses ou paulistas que vieram do Norte, saindo de Sorocaba, Itu ou Itapeva, em São Paulo, ou Curitiba, Castro, Ponta Grossa e Lapa no Paraná e chegando a Lages em Santa Catarina ou aos campos de Cima da Serra (Santo Antônio da Patrulha), Vacaria e Lagoa Vermelha no Rio Grande do Sul, num primeiro momento e, às Missões ou Cruz Alta e Passo Fundo, no Planalto Médio, num segundo momento.

Posseiros, compradores ou sesmeiros, podemos nomear os fazendeiros que ocuparam os espaços onde outrora existiam as estâncias jesuíticas. São frequentes as referências aos rios e aos campos da geografia, bem como aos antigos nomes de estâncias e postos organizados pelos jesuítas.

Moacyr Domingues acreditava que, se conseguirmos descobrir os primeiros ocupantes dos campos às margens da Estrada de Carretas, seus dependentes e agregados, teremos identificado os verdadeiros pioneiros do povoamento da região.

Vejamos os nomes então, dos primeiros posseiros da região de Cruz Alta:

Gabriel Rodrigues de Carvalho, chegado à região cerca de 1810, ocupou os terrenos onde hoje assenta a cidade Cruz Alta., à beira mesmo da Estrada de Carretas.

José Tomás da Silva, que consta ter vindo no mesmo ano, estabeleceu-se pouco além, para os lados do Lagoão, à margem oposta da Estrada. O Capitão João José de Barros, em frente a José Tomás da Silva, tendo a Estrada de permeio; seu Irmão, o Alferes Antônio José de Barros, logo adiante de José Tomás da Silva, ao longo da margem direita do Arroio Lagoão.

Manuel Joaquim de Albuquerque que presumimos parente dos irmão Barros, apoderou-se de uma grande extensão de campos desde o Lagoão até o atual Caxambu, aquém, porém, de Belisário, que lhe ficou ao Nascente; mas sua casa parece que se situava nas cercanias do atual Passo do Inglês.

Antônio Moreira Pais localizou-se justamente onde existiriam vestígios da Capela do Menino Jesus e da Alta Cruz, erigidas pelos Jesuítas e onde se aglomeraram os primeiros moradores. Firmino da Silva Moreira, próximo ao povoado.

Na Encruzilhada, ponto onde a Estrada se bifurcava para Botucaraí, radicou-se o morador mais antigo da região, Antônio Moreira da Silva

Vidal José do Pilar, em meados de 1814, ocupou campos entre o Ivaí e o Ingaí, distantes da Estrada. Conseguiu diversas sesmarias, umas requeridas para si, filhos e genros e outras adquiridas de pessoas que já as haviam requerido. Localizou sua enorme área de campos e matos, na costa do Jacuí, desde o lvaí até a Fortaleza dos Valos. Foi ele que redigiu e encaminhou ao Comandante da Fronteira o requerimento solicitando a demarcação do futuro povoado, como a transferência dos moradores do primitivo agrupamento que ficava duas léguas ao Sul. Entre Vidal e a Encruzilhada estabeleceu-se José Joaquim Batista, procedente, com ele, da Vacaria. João José da Barros, incentivador da mudança do povoado, localizou-se por ali.

Fidélis Militão de Moura, parente dos Barros, embora não consangüíneo, chegado pelo ano de 1823 (em 22 batizou o filho Lucidoro no Triunfo) foi-se colocar nos fundos do campo do Alferes Antônio, no Rincão dos Valos.

Cel. João Baptista de Oliveira Mello, cidadão afidalgado, foi chefe político em São Martinho. Integrando informações na árvore genealógica, observa-se que este senhor casou-se com uma neta de Matheus Soares da Silva: Iria Pulquéria da Pureza, filha de Constância Joaquina da Pureza, nascida em Santo Amaro em 1783. Ajudante Antônio de Mello Rêgo também consta estabelecido no Rincão dos Mellos.



Joaquim Thomaz da Silva Prado, que também conseguiu diversas sesmarias, localizou— as desde o Arroio Corticeira, hoje Fiúza, pegando o Palmeira, o Alegrete até o Divisa. Joaquim Júlio da Costa Prado aparece como posseiro entre os Arroios Corticeira e Palmeira.



Manoel José da Encarnação chegado à região em meados de 1822, apossou-se das terras situadas entre os Arroios Corticeira e Porongos, hoje Caxambú. Mas Prado, não satisfeito com tanta terra, ainda invadiu a propriedade de Encarnação, de que resultou prolongada questão judicial, com ganho para este. Estância Encarnação, dos herdeiros de Manoel José da Encarnação, hoje Distrito de Panambi. Manuel se situou longe da estrada, provavelmente porque o que havia mais perto já estava ocupado.


Os chamados “Campos do São Miguel”, talvez devido a excelência de suas pastagens, desde muito cedo despertaram o interesse de Ricardo Antônio de Melo, ainda que distanciados da Estrada. Através deles passava o ramal para Botucaraí, que os aproximava de Rio Pardo.

José da Moura e Silva e José Thomaz da Silva, ambos ao Norte do futuro povoado. Bernardino José Lopes, para as bandas do atual Três Capões. Sargento-mór Francisco de Paula e Silva, Barão do lbicuí, estância do Pinhal. Sargento-mór João Gonçalves Padilha, na sesmaria que tomou o sou nome.

José Macedo de Quevedos, no Rincão que tomou o seu nome; mandou construir uma Capela, hoje Vila Igrejinha dos Quevedos.

Nazário José de Vargas, no rincão que tomou o seu nome. Cel. Joaquim Luiz de Lima, Barão de lnhanduí, costa esquerda do ljuizinho. João Lopes Gavião, na costa direita do mesmo. Major francês, Victor Dumoncel, vindo do Rio da Prata, repontando uma linda tropilha de picaços,


Manoel Gomes da Moraes adquiriu por compra a estância do Lagoão, à margem esquerda deste, com cerca de duas léguas de campo e um dos maiores capões da zona.


Manoel Esteves Veríssimo da Fonseca, vindo com a família, à cavalo e com cargueiros, desde Minas Gerais, ficou ao Oeste, no boqueirão que se chamou de Cadeado.

João Raymundo da Silva Santos, no fundo do Cadeado. José Manoel Lucas Annes, na zona posteriormente Rincão de Nossa Senhora. Francisco Antônio Carpes, a Leste do primitivo povoado. Antônio de Souza Fagundes, José Bernardo Fagundes, Zeferino dos Santos, no Cadeado, hoje Capela. José Caetano de Carvalho e Souza na Guarda da Conceição. Manoel Gonçalves Terra, no atual Rincão de Nossa Senhora.

Domingos AIves dos Santos, na histórica estância da Conceição.

Cacique Batú, na sesmaria São Francisco Solano, dividindo ao Norte com a Conceição.

João Nunes da Silva, na Estância Tupanciretã, dos Jesuítas, com o Posto de São Tomé. Manoel Antônio Severo, na Guarda de São Pedro. Jacinto Pereira Henriques, sobre o Arroio Caneleira.

Matheus e Agostinho Soares da Silva, na sesmaria Céu Azul, à direita do lvaí. Luiz José da Silva, sobras de campos ocupados por Agostinho Soares da Silva, costa do lvaí, 1818,


Antônio Rodrigues Padilha, próximo à Guarda de São Pedro.


João Vieira de Alvarenga, onde localizou-se o Povo Novo, de cuja área foi ele o doador.

Ana Cândida Vieira, à margem direita do lvaí, em 1817. Manoel da Rocha e Souza, ao Norte do Guassupi, 1818. Maria lnácia de Ávila, campos denominados Geribaté, dividindo ao Norte com Luiz José da Silva, 1818.

General José Luiz Mena Barreto, entre Conceição e São João (São Martinho).

João Antônio Bicudo, na costa do Guassupi, que vendeu a F. Trindade, doador da área para o Povoado de São Martinho.

Dados obtidos em: http://www.genealogiacorrea.com.br/GENTROP7.pdf

São Martinho/RS


Segundo distrito de Cruz Alta

A Genealogia Tropeira organizada por Cláudio Nunes Pereira, Volume III, p.22, disponível em http://www.genealogiacorrea.com.br/GENTROP7.pdf,  conta que...


Logo após a conquista das Missões, em 1801, a região passou a ter um Comandante Geral. O Comandante era subordinado ao governo da Capitania, depois Província, atual Rio Grande do Sul.

O Comandante acumulava funções militares e civis. Sua jurisdição, no Planalto Médio, se estendia até o Mato Castelhano, a atual Passo Fundo. Apenas uma parte do Planalto ficou dependente do Comandante de Rio Pardo, à margem esquerda e oriental do Rio Jacuí, que viria a constituir o Distrito de Cima da Serra de Botucaraí, mais tarde Soledade.




As Missões foram dividias em 6 Distritos, cada qual com um Comandante, que funcionava como preposto do Comandante Geral e, como este, acumulava funções militares e civis.

Cruz Alta, depois Espírito Santo da Cruz Alta, constituía o 6º Distrito e seu primeiro Comandante foi o Tenente de Guerrilhas Antônio Pinto da Silva. Sua designação parece ter sido feita em meados desse ano de 1819 e ele exercia também o comando do vizinho Distrito de São Martinho, onde viveram nossos antepassados.

Competia a Antônio Pinto da Silva formar: “o seu Corpo de Guerrilhas, pronto a marchar à primeira Ordem”.

Em 1820, foi preparado um “Plano de Organização das Companhias do 4º. Regimento de Cavalaria de Milícias na Província de Missões”, segundo o qual haveria uma Companhia em cada um dos 6 Distritos.

O Distrito de Cruz Alta foi assim descrito: “É situado entre as vertentes dos Rios Jacuí e Ijuí; o seu comprimento é de mais de 20 léguas e sua largura entre as ditas vertentes se ignora. Pode dar a sua Companhia que é a 6ª, 37 homens”.

O Plano de Organização das Companhias foi assinado em São Borja a 17 de Agosto de 1820 pelo Coronel José Maria da Gama Lobo Coelho d’Eça, futuro Barão de Saicã. O mesmo Coronel propôs os seguintes oficiais para a 6ª. Companhia (Distrito da Cruz Alta):

1) para Capitão, o Alferes Bento Lopes Meireles;

2) para Tenente, o Sargento Antônio Tavares Freire;

3) para Alferes, o Porta- Estudantarte Boaventura Soares da Silva.

Boaventura Soares da Silva era neto de Matheus Soares da Silva. Quem seriam os demais militares?

O território cruz-altense ficou assim limitado:  “pela parte do’ Norte. com o Mato Castelhano; pelo ‘Leste com o circulo da Serra Geral; do lado do Oeste com os Bosques de uma e outra parte do Rio Ijui, seguindo por este até o Povo da São João;- e pelo Sul com o Rio Toropi, seguindo a .sua principal vertente até á Coxilha geral que se encaminha do Povo de São Miguel, compreendendo este, o de São João, Santo Ângelo, e a Capela de São Martinho.



Em 1834, a Câmara de Cruz Alta dividiu seu território em seis distritos.

 São Martinho era o 2º Distrito de Cruz Alta.

Os limites de São Martinho eram: ao  Norte com as divisas do 1º distrito, ao Sul com “a Serra Geral”; ao Leste com “mesma serra” e a Oeste ‘com o Toropi e pontas do Jaguari, dividindo-se com o Termo de São Borja.


sábado, 8 de agosto de 2015

Desbravando a Província de São Pedro





Por longo período, os açorianos que se deslocariam para as Missões mantiveram-se em Santo Amaro, no caminho para Rio Pardo. Não era seguro percorrer as áreas ainda não povoadas pelos portugueses.



Os açorianos que aguardavam suas datas em Santo Amaro puderam avançar pelo continente com o Tratado de Santo Ildefonso.


Somente em 1801, com o Tratado de Badajós, o que estava firmado no Tratado de Madri voltou a vigorar e as missões puderam ser ocupadas pelos açorianos e militares que até então aguardavam nas proximidades de Rio Pardo.

Em 1763 a Vila de Rio Grande tinha, aproximadamente, 1.500 habitantes; a futura Porto Alegre, 500, Gravataí, 1.000 guaranis missioneiros e tranqueira do Rio Pardo, cerca de 200 famílias. Em 1774, os espanhóis construíram o forte de Santa Tecla em Bagé. 

Grande parte das propriedades da região de Cruz Alta estava de posse de famílias de nascidos no Paraná e em São Paulo, filhos de tropeiros e/ou de milicianos que participaram da transferência dos açorianos para suas datas. Estes militares adquiriram ou receberam terras quando chegaram ao destino.

Em 1814, o total da população da Província de São Pedro era de  70.656 habitantes; Rio Pardo era a maior cidade com 10.445 habitantes, seguida de Cachoeira com 8.225, depois Porto Alegre com 6.111 e Rio Grande com 3 590 habitantes. O restante dos municípios tinham uma média populacional de 2.450 habitantes.

Quanto à composição da população da Província, havia 32.300 pessoas de cor branca de ambos os sexos, equivalendo 45,8% do total; 20611 negros escravos de ambos os sexos, 29,9%; 8655 indígenas, 7,7%; e 5.399 "livres" que não declararam a cor, 12,3%, ou considerados "de todas as cores" no texto que tomamos como fonte.


http://www.grupodehistoria.com.br/resumos/historiariogrande.pdf

Santo Amaro/RS

Entre 1740 e 1769 iniciou-se a formação de uma rede de cidades mais consolidada com Viamão (1740), Santo Amaro, Rio Pardo (1750), Jaguarão (1752), Cachoeira (1753), Triunfo (1754), Gravataí (1755), Pelotas (1763), São José do Norte (1763), e Taquari (fundada em 1764). A estratégia da coroa portuguesa permanecia sendo a ocupação e defesa do território. Em 1750, aproximadamente, foram estabelecidas estâncias no interior do Rio Grande e na região do Vale do Rio Pardo. Os açorianos entraram a partir de 1752 intensificando o povoamento da área.

Mesmo após o término dos conflitos guaraníticos, o grupo composto por militares e açorianos que ocuparia terras na região das Missões aguardou durante quase 20 anos para receberam suas “Datas”. Boa parte deste tempo de espera se passou na localidade de Santo Amaro, em Triunfo.

Datas = (lotes de terras) de 281.250 braças quadradas (2.200 m x 616 m = 135,5 hectares).

Em 1757, no Porto d’Ornellas, Porto dos Casais (Porto Alegre), Jerônimo Vasconcelos Menezes de Ornellas passou a administração da propriedade ao filho Raimundo de Ornellas e mudou para Villa de Santo Amaro (Triunfo).

O texto de Luiz Antônio Alves, Economista. Genealogista. Membro da Casa dos Açores do Rio Grande do Sul, indica nomes de açorianos sediados em Santo Amaro, de 1757 a 1801. 

“Consta em uma lista pesquisada pelo Padre Tomás Clarque, primeiro vigário de Triunfo, que no ano de 1757 ingressaram neste território 35 casais açorianos, nominalmente citados na tal lista, sendo estes acampados no porto de Santo Amaro, à espera de terras oficialmente prometidas” .

São 80 nomes, com as respectivas ilhas de origem. A lista reúne tanto açorianos vindos de Porto Alegre, quanto aqueles que fugiram de Rio Grande quando esta foi atacada por Argentinos/Espanhóis em 1760. 

1) André Jacinto (S Jorge) e Felícia do Sacramento (S Jorge); 

Pai de José Jacinto Pereira, casado com Genoveva Maria de Bitencourt Pereira, irmão do Barão de Antonina e do Barão de Ibicuí.
André Jacinto foi padrinho quando solteiro: Ana 297.Fl. 78; 30/12/1756; Ana; fleg. Manoel Rodrigues e Maria Teresa; ambos naturais da Ilha do Faial bisp. de Angra freg. de Santa Catarina no lugar de Castelo Branco; A. P.: Lourenço Rodrigues e Josefa de Freitas, naturais da mesma freg.; A. M.: Manoel de Medeiros e Catarina Vieira, naturais da mesma freg.;
Padrinhos.: André Jacinto e Maria de Meireles, solteiros; são dos casais de Santo Amaro

2)Antão Pereira Machado (S Jorge) e Maria de S Antônio (S Jorge); 


Antônio Caetano (Terceira) e Rosa Perpétua de Jesus (Terceira); 
Antônio Dutra Fialho (Pico) e Anna Maria (Pico); 
Antônio Francisco Mendes (Fayal) e Maria Santa (S Jorge); 
Antônio Francisco da Silveira (Fayal) e Gertrudes do Rosário (Fayal); 
Antônio Garcia (Fayal) e Anna Maria (Fayal); 
Antônio Gonçalves Brandão (Pico) e Teresa Maria (Pico); 
Antônio José de Vargas (Fayal) e Maria Josefa (Terceira); 
Antônio José Roiz (Graciosa) e Apolônia Maria de Jesus (S Jorge); 
Antônio Lopes (S Jorge) e Izabel Maria (S Jorge); 
Antônio Machado (S Jorge) e Felippa da Conceição (S Jorge); 
Antônio Machado de Oliveira (S Jorge) e Mariana de Jesus (S Jorge); 
Antônio Machado Netto (S Jorge) e Rita Maria do Rosário (S Jorge), 
Antônio Nunes (Terceira) e Anna Maria do Nascimento (S Jorge); 
Antônio Pereira Nunes (S Jorge) e Bárbara de S Thomé (S Jorge); 
Antônio da Silveira Gomes (Fayal) e Francisca Josefa do Livramento (S Miguel); 
Antônio Teixeira Cardoso (S Jorge) e Maria do Rosário (Terceira); 
Caetano José (Graciosa) e Teresa de Jesus (Graciosa); 
Felipe José (Fayal) e Maria Rosa (Fayal); 
Francisco Cardoso (Terceira) e Suzana Maria de Jesus (S Jorge); 
Francisco da Costa (S Miguel) e Anna Maria (S Maria); 
Francisco do Couto Machado (Terceira) e Maria de S Francisco (S Jorge); 
Francisco Dutra (Fayal) e Agueda de S Matheus (Fayal); 
Francisco Ignácio (S Jorge) e Maria Joaquina (S Jorge); 
Francisco Machado Leão (S Jorge) e Maria do Nascimento (S Jorge); 
Francisco Nunes da Costa (Terceira) e Vicência Clara (Terceira); 
Francisco Pereira da Luz (S Jorge) e Rosa Maria de Jesus (S Jorge); 
Francisco Pinto Cezimbra (S Miguel) e Rita Maria (S Jorge); 
Francisco Rodrigues Goulart (S Jorge) e Maria Antõnia (S Jorge); 
Francisco da Rosa (Fayal) e Maria Rosa (Fayal); 
Francisco de Souza Cardoso (Fayal) e Rosa Maria (Fayal); 
Francisco Xavier de Assunção (S Jorge) e Maria D’Ávila (S Jorge); 
Henrique Ferreira (S Miguel) e Joanna Maria (S Jorge); 
Jacintho Martins da Silveira (S Jorge) e Izabel ... (S Jorge) = Jacinto Matheus da Silveira e Isabel Francisca de Bittencourt. - ok
Joaquim Francisco Ramos (Fayal) e Maria Josefa da Conceição (Pico); 

x) João de Borba Machado (Terceira) e Mariana de Jesus (S Jorge); 
Batizaram: Pedro, 209.Fl. 54; 15/09/1754; Pedro; fleg. João de Borba Machado e Mariana Teresa de Jesus; ele natural da freg. de Santa Cruz da vila da Praia na Ilha Terceira, ela de Ribeira Seca da Ilha de São Jorge, ambos no bisp. de Angra;  A. P.: Manoel Machado e Domingas da Conceição, naturais da vila da Praia; A. M.: Pedro Gregório e Maria Pereira, naturais da Ilha de São Jorge;
Padrinhos: José Gracia Dutra e Eufrásia Maria da Conceição, filhos de João Garcia Dutra; todos moradores na freg. de Viamão.
O padre Thomas Clarque registra “por ausência do Reverendo Pároco e com comissão sua batizei”
João Rodrigues (Terceira) e Mariana Lopes (Terceira); 
José Caetano (S Maria) e Francisca de Souza (S Maria); 
José da Costa (S Miguel) e Maria dos Anjos (Terceira); 
José Dias (Fayal) e Rosa Maria (S Jorge); 
José Francisco Vieira (S Jorge) e Anna Rosa Joaquina (S Jorge); 
José Machado de Cerqueira (S Jorge) e Maria da Assenção (S Jorge); 
José Martins Faleiro (Terceira) e Jacinta Rosa (Terceira); 
José do Nascimento (Fayal) e Rosa Maria (S Jorge); 
José de Ornellas e Souza (Terceira) e Antônia Maria da Silveira (S Jorge); 
José de Quadros (S Jorge) e Anna Maria (S Jorge); 
José Rodrigues (Fayal) e Mariana Ignácia (Fayal); 
José da Silva (S Jorge) e Francisca Maria (S Jorge); 
José de Araújo (S Miguel) e Rita Maria (S Miguel); 
José de Souza Machado (S Jorge) e Anna Maria (S Jorge); 
Lourenço Machado (S Jorge) e Maria Ignácia (S Jorge); 
Luís José Viegas (Graciosa) e Ana Teresa de S José (Fayal); 
Miguel Affonso Leal (S Jorge) e Teresa de Jesus (S Jorge; 
Miguel Teixeira (S Jorge) e Maria da Conceição (Pico); 
Manoel de Araújo Pavão (S Miguel) e Maria de S Antônio (Pico); 
Manoel Cardoso (Pico) e Gracia Maria (Terceira); 
Manoel Dias Mancebo (Terceira) e Catharina Perpétua (Terceira); 
Manoel Gomes Rocha (Terceira) e Micaela Ignácia (Terceira); 
Manoel Lucas (Terceira) e Josefa Ramos (Fayal); 
Manoel Machado Borba (S Jorge) e Catharina Maria (S Jorge); 
Manoel Pereira da Luz (Fayal) e Maria do Rosário (S Jorge); 
Manoel de Quadros Machado (Graciosa) e Quitéria Maria (Fayal); 


Manoel Pereira Soares (S Jorge) e Mariana da Silveira (S Jorge) Este casal teve Matheus Soares da Silva, conforme registro de batismo e padrinhos.
116.Fl. 3014; 08/12/1752;Matheus; fleg. Manoel Pereira Soares e Mariana da Silveira; ambos naturais da Ilha de São Jorge;A P.: Antônio Gomes e Catarina Dias, naturais da Ilha de São Jorge;A. M.: Manoel da Silveira e Susana Teixeira, ambos naturais da Ilha de São Jorge;Padr.: Manoel de Ornelas e Teresa de Ornelas, filhos de Jerônimo de Ornelas Menezes e Lucrécia Lemes Barbosa; todos moradores na freguesia de Viamão. Os pais mandados “...todos por ordem de Sua Magestade para as novas povoações do Rio Grande de São Pedro”.

Manoel Ribeiro da Silva (Fayal) e Manuela Maria Ribeiro (Terceira); 
Manoel Rodrigues Ruivo (Fayal) e Bárbara da Conceição (S Jorge); 
Manoel Rodrigues (Fayal) e Maria de Freitas (Fayal); 
Manoel Silveira (S Jorge) e Maria da Silveira (S Jorge); 
Manoel da Silveira Gonçalves (S Jorge) e Maria de Jesus (S Jorge); 
Manoel da Silveira Machado (S Jorge) e Maria Rosa (S Jorge); 
Manoel Teixeira de Quadros (S Jorge) e Maria de Jesus (S Jorge); 
Pedro de Araújo Lopes (S Miguel) e Agueda de Nazareth (Pico); 
Roque Ferreira (Pico) e Maria da Conceição (Terceira); 
Sebastião Teixeira Machado (S Jorge) e Luzia Antônia (S Jorge); 
Simão Dias Gonçalves (Fayal) e Maria do Rosário (Fayal); 
Simão Ferreira (Terceira) e Maria Antõnia (Terceira); 
Thomaz Furtado (Fayal) e Rosa Ignácia (Terceira); 
Thomé Machado (S Jorge) e Izabel da Conceição (Fayal); 
Vicente da Silva (Pico) e Maria de São João (S Jorge). 


Fonte: [O PATRIMÔNIO HISTÓRICO NO CONTEXTO DA REDE URBANA DO RIO GRANDE DO SUL: O CASO DA REGIÃO DO VALE DO RIO PARDO] Doris Maria M. de Bittencourt Luiz Carlos Schneider Heleniza Ávila Campos Clarissa Robaina Leite Universidade de Santa Cruz do Sul – UNISC




Igreja de Santo Amaro - Patrimonio Historico Nacional (1787)
Fonte: http://nandamuller.blogspot.com.br/2009/01/santo-amaro-do-sul-general-camara.html


Manoel Pereira Soares e Mariana da Silveira, nascidos na Ilha São Jorge, que passaram por Florianópolis, Rio Grande e Porto d'Ornellas, o Porto dos Casais ou Porto Alegre, antes de chegar a Santo Amaro, tiveram SEIS (06) filhos.

Meu antepassado Matheus Soares da Silva, nasceu em 1752 e foi o primeiro bebê a nascer nesta terra, filho dos açorianos. Seu local de nascimento foi Viamão.

Batismos de Viamão e Santo Amaro

Fonte: http://www.viamaoantigo.com.br/Primeiro%20Livro%20de%20Batismos%20-%20Viamao.pdf


126.Fl. 32v.; 10/04/1753;
Vicente; fleg. Manoel Francisco Silva e Luzia de Jesus; ambos naturais da Ilha do Faial.
Avós Paternos.: Francisco de Matos Lindo e Catarina do Rosário, ambos naturais da Ilha do Faial;
Avós Maternos: Francisco Dutra e Maria Pereira, ambos naturais da Ilha do Faial.
 Padrinho: José Raimundo de Ornelas e Gertrudes Magna de Menezes, desta freguesia;
Os pais são “casais de sua Majestade manda para as novas povoações das missões”.
O padre Thomas Clarque batizou “por ausência do Reverendo Vigário e com comissão sua”.

130.Fl. 33v.16; 20/05/1753;
Antônio; fleg. José da Rosa e Catarina Gracia; ambos naturais da Ilha do Faial bisp. de Angra;
Avós Paternos: João Correia e Isabel da Rosa, naturais da Ilha do Faial;
Avós Maternos: Manoel Pereira e Violanda Gracia, naturais da Ilha do Faial;
Padrinho: Manoel Fernandes Lima, natural de Portugal, e Maria ?, natural da Ilha do Faial;
Os pais são “casal que sua Majestade manda para as Missões”

131.Fl. 33v.; 20/05/1753;
Maria; fleg. Tomas Furtado e Rosa Inácia; ambos naturais da Ilha Terceira bispado de Angra freguesia da Vila da Praia;
Avós Paternos: Mateus Furtado e Ana Pereira, naturais da Ilha Terceira;
Avós Maternos: : Antônio Leal e Beatriz Inácia, naturais da Ilha Terceira
Padrinho: Manoel Pereira Dantas, natural de Portugal, e Maria Jacinta de Jesus, das Ilhas
Os pais são “dos casais que sua Majestade manda para as Missões”

176.Fl. 4525; 18/02/1754;
Manoel; fleg. João da Silveira Machado e Ana Maria; ambos naturais da Ilha de São Jorge;
Avós Paternos: Francisco da Silveira de Matos e Ana Machado, ambos naturais da Ilha de São Jorge;
Avós Maternos: Francisco Teixeira e Maria Jorge, ambos naturais da Ilha de São Jorge;
Padrinhos.: Caetano de Souza Lopes e s/m Maria de Souza;
os pais são “dos cazais que Sua Magestade manda para Missões.
O padre Thomas Clarque registra “por ausência do Reverendo Pároco e com comissão sua batizei”.

181.Fl. 4627; 11/03/1754;
Manoel; fleg. Manoel Teixeira e Maria de Jesus; ambos naturais da Ilha de São Jorge;
A. P.: Antônio de Quadros e Maria Cardoso, naturais da Ilha de São Jorge;
A. M.: Manoel de Ávila e Maria da Luz, naturais da Ilha de São Jorge;
Padr.: Ventura Pereira Maciel e Maria Justa Soares, da freguesia de Viamão
Os pais são “dos casais que Sua Magestade manda para Missões”

183.Fl. 46v.29; 17/03/1754;
Ricarda; fleg. Francisco da Rosa e Maria Rosa; ambos naturais da Ilha do Faial;
A. P.: João da Rosa e Helena Gracia, naturais da Ilha do Faial;
A. M.: Manoel Gracia e Maria Pereira, naturais da Ilha do Faial;
Padr.: José Antunes de Quevedo e Justina Furtada; dos casais que Sua Majestade manda para as Missões.
O padre Thomas Clarque registra “por ausência do Reverendo Pároco e com comissão sua batizei”

188.Fl. 48; 14/04/1754;
José; fleg. Luís da Silva Ferreira e Maria Jacinta; ele natural do Rio das Mortes bisp. das Minas, ela não consta;
A. P.: João Dias de Oliveira e Teresa de Jesus, “não sabe de onde São naturais”;
A. M.: Antônio da Rocha e Maria de Jesus, naturais da Ilha Terceira;
Padr.: Manoel Pereira Dantas, solteiro, e Luzia Inácia, casada; “casal de El Rey mandados para as Missões” assistente em Viamão

197.Fl. 50v.33; 14/06/1754;
Maria; fleg. Manoel Rodrigues e Maria Teresa; ambos naturais do lugar de Castelo Branco freg. de Santa Catarina na Ilha do Faial;
A. P.: Lourenço Rodrigues e Josefa de Freitas, naturais da Ilha do Faial; A. M.: Manoel de Medeiros e Catarina Vieira, naturais da Ilha do Faial;
Padr.: João da Silveira e Isabel da Conceição;
os pais são da “conduta que Sua Magestade manda para Missões”. O padre Thomas Clarque registra “por ausência do Reverendo Pároco e com comissão sua batizei”

199.Fl. 51; 25/06/1754;
Maria; fleg. Jacinto Mateus da Silveira e dona Isabel Francisca de Bittencourt; ambos batizados e naturais da Ilha de São Jorge;
A. P.: Pedro da Silveira Souza e Maria de São Pedro;
A. M.: Francisco Machado Fagundes, capitão, e dona Úrsula de Bittencourt, naturais da Ilha de São Jorge;
Padr.:João de Azevedo e s/m Maria de Magalhães, da freguesia de Viamão;
Os pais são casal que sua Majestade manda para as Missões. O padre Thomas Clarque registra “por ausência do Reverendo Pároco e com comissão sua batizei”

200.Fl. 51; 25/06/1754;
Feliciano; fleg. Bartolomeu Vieira e Antônia Francisca do Carmo; ambos naturais da Ilha da Madeira;
A. P.: João Rodrigues e Josefa Maria, naturais da Ilha da Madeira;
A. M.: Manoel Martins e Felipa da Silva, naturais da Ilha da Madeira;
Padr.: Feliciano José da Silva e Custódia Maria de Albuquerque;
Os pais são casal que sua Majestade manda para Missões. O padre Thomas Clarque registra “por ausência do Reverendo Pároco e com comissão sua batizei”

203.Fl. 5235; 08/07/1754; João; fleg. Caetano de Souza Nunes e Paula Maria; ambos naturais da Ilha de São Jorge Vila Nova do Topo; A. P.: João Leal e Maria Nunes, naturais da Ilha de São Jorge; A. M.: Antônio Cardoso e Isabel Pereira, naturais da Ilha de São Jorge; Padr.: Miguel Afonso Leal e Ana das Candeias; a madrinha é dos casais de sua Majestade manda para Missões; O padre Thomas Clarque registra “por ausência do Reverendo Pároco e com comissão sua batizei”

210.Fl. 54; 15/09/1754; Manoel; fleg. João Machado e s/m Maria Josefa; ele natural da freg. de Nossa Senhora das Neves na Ilha de São Jorge, ela da freg. de Santa Bárbara na Ilha Terceira bisp. de Angra; A. P.: João Machado Teixeira e Maria Alvares, naturais da Ilha São Jorge; A. M.: Francisco Dievos e Maria da Rosa, naturais da freg. de Santa Bárbara; Padr.: Manoel Pereira Linhares e s/m Joana Inácia os pais e padrinhos são casais de El Rey que vão para as Missões; O padre Thomas Clarque registra “por ausência do Reverendo Pároco e com comissão sua batizei”

219.Fl. 57v.; 26/10/1754; Antônio; fleg. Manoel Duarte de Amaral e s/m Rosa Maria; ele natural da freg. de Nossa Senhora da Luz na Ilha do Faial do bisp. de Angra, ela da Ilha de São Jorge; A. P.: José Garcia de Amaral e Maria Vieira, naturais da Ilha do Faial; A. M.: Manoel Coelho e Luzia de Souza, naturais da Ilha de São Jorge; Padr.: Antônio de Souza dos Santos e dona Maria Justa Soares, casada com Manoel Rodrigues Braga, morador em Viamão; os pais são casal de El Rey que passam para as Missões. O padre Thomas Clarque registra “por ausência do Reverendo Pároco e com comissão sua batizei”

221.Fl. 58; 12/11/1754; Antônio; fleg. Antônio Pereira e Maria de Azevedo; ele natural de Urzelina da Ilha de São Jorge, ela da freg. de Santa Ana da Ilha de São Jorge; A. P.: Simão Teixeira e Maria Pereira, moradores na Ribeira Seca da Ilha de São Jorge; A. M.: Antônio de Azevedo e não consta avó; Padr.: Antônio Pereira Machado e s/m Maria do Rosário; todos dos casais de El Rey que passam para as Missões. O padre Thomas Clarque registra “por ausência do Reverendo Pároco e com comissão sua batizei”

222.Fl. 58v.; 18/11/1754; Francisco; fleg. Francisco Machado Fagundes e dona Rita de Bittencourt; ambos naturais da Ilha do Pico bisp. de Angra; A. P.: Manoel Machado da Silveira e Maria do Rosário, naturais da freg. da Ponte na Ilha do Pico; A. M.: Francisco Machado Fagundes, capitão, e dona Úrsula de Bittencourt, naturais da vila das Velas da Ilha de São Jorge; Padr.: Manoel Machado da Silveira; solteiro e caixeiro de Antônio José Fiúza, e Isabel Francisca de Bittencourt, casada com Jacinto Mateus; os pais são casal de El Rey que vão para as Missões. O padre Thomas Clarque registra “por ausência do Reverendo Pároco e com comissão sua batizei”

240.Fl. 63; 10/04/1755; José; fleg. Francisco da Costa e Ana Maria; ambos naturais da Ilha de Santa Maria bisp. de Angra;
A. P.: André da Costa e Clara de Souza;
A. M.: José da Costa e Domingas de Souza;
Padr.: José Caetano e s/m Francisca de Souza; todos casais de El Rey que vieram para as Missões moradores na fortaleza de Santo Amaro

256.Fl. 67v.; 05/10/1755;
Maria; fleg. Francisco Dutra da Costa e Agueda de São José; ambos naturais da freg. da Praia na Ilha do Faial;
A. P.: Estácio Dutra e Agueda Dutra, naturais da freg. da Praia na Ilha do Faial;
A. M.: Manoel Gracia e Páscoa da Silveira, naturais da freg. da Praia na Ilha do Faial;
Padr.: Antônio Dutra e Teresa Maria, casada; os pais e avós são casal de El Rey moradores na fortaleza de Santo Amaro

257.Fl. 67v.; 08/10/1755; Ana; fleg. Antônio Gonçalves Brandão e Teresa Maria; ambos naturais da freg. de São Mateus na Ilha do Pico; A. P.: Antônio Gonçalves Brandão e Rosa Maria, naturais da freg. de São Mateus na Ilha do Pico; A. M.: Manoel Dutra e Maria Gracia, naturais da freg. de São Mateus na Ilha do Pico; Padr.: André Machado, solteiro, e Maria Rosa, por procuração; todos são dos casais de El Rey, assistentes na fortaleza de Santo Amaro


266.Fl. 7052; 19/03/1756; Catarina; fleg. João Ferreira de Faria, soldado, e Francisca Josefa; ele natural Lisboa de Santa Catarina de Montesinai, ela da Ilha de Santa Maria; A. P.: Gaspar Ferreira Lima e Antônia da Luz; A. M.: Antônio de Oliveira e Catarina Cardoso, naturais da Ilha de Santa Maria; Padr.: capitão José Freire de Andrada, solteiro, e Maria Rosa, casada; todos moradores no forte de Santo Amaro, os pais e avós são casais de El Rey que vieram para as Missões.

268.Fl. 70v; 20/03/1756; Matias; fleg. João de Dorneles e Catarina Inácia; não consta naturalidade; A. P.: Lázaro Gonçalves e Isabel da Rosa; A. M.: Souza Rego [não há prenome] e Catarina de Souza, naturais da freg. da Praia da Ilha Terceira; Padr.: José Caetano Proforto [ou Profarto] e s/m Francisca de Souza; todos casais de El Rey moradores no forte de Santo Amaro

269.Fl. 70v.; 23/03/1756; José; fleg. Antônio Dutra e Ana Maria; ambos naturais da Ilha do Pico; A. P.: Manoel Dutra e Agueda Rodrigues, naturais da Ilha do Pico; A. M.: Francisco Ferreira Frade e Maria Gularte, naturais da Ilha do Pico; Padr.: Salvador Lourenço e s/m Francisca de São José; casais de El Rey, moradores em Santo Amaro

270.Fl. 71; 23/03/1756; Brígida; fleg. Manoel Teixeira e Maria de Jesus; ambos naturais da Ilha de São Jorge; A. P.: Antônio de Quadros e Maria Cardoso, naturais da Ilha de São Jorge; A. M.: Manoel D’Ávila e Maria da Luz, naturais da Ilha de São Jorge; Padr.: Antônio Ferreira Leitão e Maria da Conceição; são todos casais de El Rey moradores na fortaleza de Rio Pardo.

271.Fl. 71; 25/03/1756; Maria; fleg. José Martins e Jacinta Rosa; ambos naturais da Ilha Terceira; A. P.: Antônio Gonçalves e Margarida Martins, naturais da Ilha Terceira; A. M.: João Martins e Maria da Conceição, naturais da Ilha Terceira; Padr.: Mateus Simões, solteiro, e Francisca de São José, casada; todos moradores no forte de Santo Amaro.

272.Fl. 71v.; 25/03/1756; José; fleg. João Jorge Chaves e Ana da Conceição; ele natural do Rio de São Francisco, ela não consta; A P.: Salvador Jorge Chaves e Joana de Atayalas, naturais do Rio São Francisco; A. M.: Belchior Cabral e Joana Fernandes, naturais da Ilha de Santa Maria; Padr.: Francisco Furtado e Maria Francisca, solteiros; assistentes no forte de Santo Amaro

284.Fl. 74v.; 09/08/1756; Ana; fleg. José Machado de Siqueira e Maria de Assunção; ambos naturais e batizados na freg. de Santo Agostinho da Ribeira Seca Ilha de São Jorge; A. P.: Manoel Machado Teixeira e Catarina de Siqueira, naturais e batizados na freg. de Santo Agostinho da Ribeira Seca Ilha de São Jorge; A. M.: Pedro Gregório Teixeira e Luzia de Souza, naturais e batizados na freg. de Santo Agostinho da Ribeira Seca Ilha de São Jorge; Padr.: Francisco de Couto e s/m Maria de São Francisco; todos casais das Ilhas que vieram para as Missões, os pais e avós são moradores no forte de Santo Amaro

288.Fl. 75v.; 28/09/1756; José; fleg. Tomé Machado e Isabel da Conceição; naturais da Ilha do Faial; A. P.: “declaram não conheceram seus pais”; A. M.: “declaram não conheceram seus pais”; Padr.: Francisco de Oliveira Ferreira e s/m Luzia Rodrigues de Almeida; os pais são dos casais das Ilhas, assistentes em Santo Amaro.


300.Fl. 79; 18/04/1757; João; fleg. André Machado e Luzia Inácia; não consta naturalidade; A. P.: Manoel Machado e Leonor do Rosário; A. M.: Antônio da Rocha Mendes e Maria do Rosário, naturais da Ilha do Faial; Padr.: padre José Carlos da Silva e Joana de (Jesus), solteira; casais que vieram para as Missões.

303.Fl. 79v.; 10/06/1757; Joana; fleg. Manoel Teixeira e Maria de Jesus; naturais das Ilhas dos Açores; A. P.: “não declaram quem eram seus pais”; A. M.: “não declaram quem eram seus pais”; Padr.: Miguel Afonso, viúvo, e sua filha Joana de Jesus; os pais são casal de El Rey que vieram para Missões

304.Fl. 80; 10/06/1757; Maria; fleg. João da Silva da Silva e Josefa Teresa; casal das Ilhas; A. P.: não consta; A. M.: não consta; Padr.: Manoel Rodrigues e s/m Maria Teresa; todos assistem no mesmo forte de Santo Amaro onde foi batizada a inocente pelo frei Bernardo de Godói, religiosos do Carmo. Casais das Ilhas que vieram por El Rey para as Missões.

305.Fl. 80; 10/05/1757; José; fleg. Francisco da Rosa e Maria da Rosa; casal das Ilhas; A. P.: não consta; A. M.: não consta; Padr.: João da Silveira e Mariana do Rosário; todos assistentes no forte de Santo Amaro onde foi batizada a inocente pelo frei Bernardo de Godói, religioso do Carmo. Casal das ilhas que vieram por el Rey a estas Missões.



A espera dos açorianos




Enquanto ocorriam as Guerras Guaraníticas, os açorianos imigrantes aguardavam a posse das terras brasileiras. 

Em 1746, o rei de Portugal comunicara aos habitantes das ilhas dos Açores a oferta de uma série de vantagens aos casais que decidissem imigrar para o sul do Brasil. De acordo com Assis Brasil, Santa Catarina recebeu 860 pessoas em 1750. Veja mais informações em http://assisbrasil.org/

Da monografia de Alexandra Alvin, retirei a figura a seguir, que representa as Ilhas dos Açores.

























O governador Manoel Escudeiro de Souza distribuía os casais açorianos da Ilha de Santa Catarina
para o Sul. Em 1751, o Tenente Francisco Barreto Pereira Pinto foi encarregado de trazer casais açorianos em número de 60, para a Capitania do Rio Grande de São Pedro (atual Rio Grande do Sul).

Em janeiro de 1752, os 60 casais açorianos (aproximadamente 300 pessoas) se deslocaram em uma nau, a fim de ocupar a região das missões, mas ficaram retidos, primeiramente na Vila de Rio Grande, em seguida, no Porto D"Ornellas, atual Porto Alegre, na lagoa do Viamão. Lá ficaram, orientados a ajudar na construção de barcas para conduzir as tropas lusas à região missioneira.

Dizem que estes açorianos, na espera, abandonados a própria sorte, em pleno verão portoalegrense montaram choupanas de taipa e barro, coberta de capim, erguendo-se aqui e ali, com a pressa de construir seu abrigo, as margens da Lagoa de Viamão (Guaíba).

Procurei os nomes destes indivíduos que chegaram da Ilha de Santa Catarina, passando pela Vila de Rio Grande e chegando ao Porto D"Ornelles. Um site que traz alguns nomes, na maioria masculinos, é http://lealevalerosa.blogspot.com.br/2012/03/porto-alegre-em-montagem_1395.html  

Entre os nomes apresentados no site referido acima, negritei os dos pais de Matheus Soares da Silva, meu antepassado, nascido no Porto de Viamão em 8/12/1752: Manoel Pereira Soares e Mariana da Silveira. Ambos vieram da Ilha de São Jorge.

Gregório Gonçalves - Gregório Machado - Francisco Pereira - Bernardo Machado  - Manoel de Espindola - Antônio Martins de Souza  - José Nunes - André Silveira - Manoel de Mendonça - Manoel Gonzaga - Manoel Machado - Antônio Machado - Joaquim de Bittencourt - Luis José Viegas - João Nunes - Teresa Nunes - Francisco Garcia - Manoel de Aguiar Laranja - Antônio Francisco - Manoel Nunes Goulart - Manoel Cardoso - Francisco da Fonseca - Antônio Machado Figueiredo - José Silveira Pereira - Antônio de Souza - José Silveira da Luz - João Inácio, Francisco Garcia (II) - Antônio de Souza Brasil - Manoel Furtado - Antônio Silveira - Manoel Pereira Pinheiro - Manoel Lemos - Tomé Teixeira - Simão Dias - Tomé Machado - Manoel Machado da Silveira - Henrique José - Maria Inácia - Jerônimo de Oliveira - José M. Torrão - Manoel Pereira Soares - Mariana da Silveira - Antônio L. Fernandes - Manoel Silveira - José de Borba - Antônio da Cunha - Francisco de Borba - Antônio da Silveira (II) - Manoel de Borba - Francisco Machado de Borba - Caetano de Borba - Silvestre Vieira - José Antônio da Silva - Manoel Cardoso Beirão - José Silveira de Brito - Vital de Oliveira - Bernardo de Oliveira - Manoel Ferreira Gonçalves - Manoel Pinheiro.

Outra fonte cita os seguintes nomes:

Desses 60 casais, conservamos os nomes de 59 homens, eram eles:

- Gregório Gonçalves, Manoel Ferreira Gonçalves,
- Francisco Pereira, José Silveira Pereira,
- Gregório Machado, Bernardo Machado, Manoel Machado, Antônio Machado, Tomé Machado, Manoel Machado da Silveira, Manoel Silveira,
- Manoel de Espindola,
- Antônio Martins de Souza, Antônio de Souza,
- José Nunes, André Silveira, Manoel de Mendonça, Manoel Gonzaga,
- Joaquim de Bittencourt, Luis José Viegas,
- João Nunes, Teresa Nunes,
- Francisco Garcia, Manoel de Aguiar Laranja, Antônio Francisco,
Manoel Nunes Goulart, Manoel Cardoso, Francisco da Fonseca, Antônio Machado Figueiredo, José Silveira da Luz,
- João Inácio, Francisco Garcia (II), Antônio de Souza Brasil, Manoel Furtado, Antônio Silveira, Manoel Pereira Pinheiro, Manoel Lemos, Tomé Teixeira, Simão Dias, THenrique José, Maria Inácia, Jerônimo de Oliveira, José M. Torrão, Antônio da Cunha, Antônio da Silveira (II), Silvestre Vieira, José Antônio da Silva, Manoel Cardoso Beirão, José Silveira de Brito, Vital de Oliveira, Bernardo de Oliveira, Manoel Pinheiro.
- Manoel Pereira Soares, Mariana da Silveira,
- Antônio L. Fernandes,
- José de Borba, Francisco de Borba, Francisco Machado de Borba, Caetano de Borba, Manoel de Borba,

Na região de Porto Alegre, já moravam entre outras famílias, os seguintes portugueses que chegaram anteriormente:

1) Jerônimo de Ornellas Meneses e Vasconcellos (1732), que passou a administração da propriedade do filho Raimundo de Ornellas e mudou para Villa de Santo Amaro (Triunfo) em 1957.

2) Dionísio Rodrigues Mendes (1735),

3) Sebastião Chaves Barcelos (1736),

4) Francisco Antônio da Silveira, o “Chico da Azenha” (1751), veio com os primeiros casais açorianos deslocados da Ilha de Santa Catarina para a Vila de Rio Grande. Chegando ao porto de Rio Grande, os casais desta primeira leva abandonaram a nau e somente sua família, resistiu até o final desta primeira viagem e chegou a Porto Alegre. Os demais casais foram assentados à entrada da Barra, hoje cidade de São José do Norte. 

Em 19 de outubro de 1752, chegou a primeira tropa que se instalou em Porto Alegre,  naquele porto, nas terras de Jerônimo de Ornellas, para dar assistência aos açorianos que estavam construindo os barcos junto à Lagoa do Viamão e levá-los às terras que deveriam ocupar na região das Missões.

A tropa era formada por exploradores paulistas transformados em militares. como mostra a carta do Rey enviada à Colonia em 15-02-1753, dirigida a Diogo do Mendonça Corte Real:

“Mandei indagar o melhor caminho para terra das Missões; espero os exploradores (Paulistas) para a determinação que deve tomar no transporte das famílias (de açorianos) que daquela vila (Rio Grande) se hão de ir estabelecer nos seus destinos, tendo já algumas famílias e tropa em Viamão para subirem o rio Grande acima e, no caso de guerra, atacar a aldeia de S. Ângelo e, no do estipulado (no Tratado), povoá-lo”.

Veja em: http://lealevalerosa.blogspot.com.br/2012/03/porto-alegre-em-montagem_1395.html


Os casais açorianos que seguiram para as missões e pararam em Triunfo/RS, a espera da conclusão dos conflitos guaraníticos, foram acompanhados do Padre Faustino Antônio de Santo Alberto.

Em 19 de outubro de 1752, no Porto do Viamão ou d’Ornellas (atual Porto Alegre), nas terras de Jerônimo de Ornellas, chegaram “60 milicianos” da tropa do coronel Cristovão Pereira de Abreu, comandados pelo capitão Matheus de Camargo Siqueira (a primeira tropa que se instalou em Porto Alegre, após a chegada dos casais açorianos), para dar assistência aos habitantes, que foram destacados para construir barcos junto a Lagoa do Viamão (Lago Guaíba) que levassem tropas lusitanas e os Casais Açorianos as terras que deveriam ocupar na região das Missões.

Destes 8 eram “negros” (talvez os primeiros da região).

- Junto com os milicianos veio um capelão militar nomeado, da Ordem Carmelita, FreiFaustino Antônio dos Santos Alberto Silva para servir de capelão aos casais das ilhas, foi erguida uma pequena capela, com a invocação a “São Francisco Xavier”, homenagem ao santo jesuíta.


Em 23 de novembro de 1752, no Porto de Viamão (atual Porto Alegre), se lê na Provisão de Gomes Freire de Andrade:

Fico entregue de 60 pessoas que consta na lista acima, todos com suas armas e assim mais oito machados, sete facões, dois caldeirões e cinco tachos, dois surrões de bala e um dito de munição que de tudo conta como também de um barril de pólvora encapado e outro encestado o que recebi do coronel Cristovão Pereira de Abreu.”


Margem do rio de Viamão, 23 de novembro de 1752.

(Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul)


Alguns casais açorianos foram embora com as tropas para o interior do Continente, e os que ficaram aguardando o fim dos Conflitos Guaranis, receberam autorização deJerônimo de Ornellas Meneses e Vasconcellos (dono das terras) para plantar pequenas hortas para subsistência em cantões de sua estância, outros se empregaram como artesões no reparo e construção de “sumacas, fragatas, brigues e fazer canoas”junto a Ribeira (área próxima ao Mercado Público), este ofício que originou uma tradição que perdurou por séculos, os estaleiros na orla do Guaíba.

Na espera, abandonados a própria sorte, em pleno “Verão”, as margens da Lagoa de Viamão (Guaíba) montaram choupanas de taipa e barro, coberta de capim erguendo-se aqui e ali, na pressa do colono em construir seu abrigo, e aguardaram, mesmo após o término dos conflitos, durante quase 20 anos, quando por final irão receber suas “Datas”(lotes de terras) de 281.250 braças quadradas (2.200 m x 616 m = 135,5 hectares).

Fonte: http://www.alfredo.com.br/arquivos/gentrop1.pdf

As estâncias jesuíticas




A Companhia de Jesus teve uma atuação notável no sul do Brasil, na área antigamente sob o domínio espanhol (1580-1640) que compreendia todo o oeste dos atuais estados meridionais. Ali se formou uma civilização à parte da brasileira, mas também baseada no sistema de aldeamentos de indígenas adotado pelos jesuítas portugueses em outras partes do Brasil, as Reduções ou Missões.

Em 1626, conforme conta Mário Maestri, jesuítas cruzaram o rio Uruguai e fundaram missões, a partir do noroeste do atual Rio Grande do Sul, sobretudo com populações guaranis. 

Em 1634, foram importados 1.500 bovinos para formar os rebanhos dos dezesseis povos do Tape. As reduções existentes  neste período foram destruídas pelos bandeirantes brasileiros e exploradores portugueses. Assaltados pelos paulistas escravizadores, em 1636-38, os índios missioneiros abandonaram o gado, fugindo para a outra banda do Uruguai. O rebanho multiplicou-se, atravessou os rios Jacuí-Ibicuí em direção ao sul, formou a enorme vacaria do Mar, entre o oceano e os rios Jacuí e Negro.  

Em 1682, os guaranis missioneiros retornaram ao atual Rio Grande do Sul para barrar o saque das vacarias dos pampas e o avanço lusitano. A abundância de gado na região e o desejo da coroa espanhola de assegurar a posse daquelas terras, em virtude da crescente presença portuguesa no sul podem ter motivado o retorno. Os Sete Povos das Missões foram fundados nesta derradeira onda colonizadora jesuíta na região. Neste mesmo ano, foi fundado o primeiro dos Sete Povos: São Francisco de Borja, seguido por São Nicolau, São Luiz Gonzaga e São Miguel. Diferente das demais reduções gaúchas, a redução de São Borja foi a única formada por índios da matriz étnica “charrua”.

As grandes estâncias missioneiras, delimitadas por rios, riachos, matas, serros, etc., como conta Mário Maestri, subdividiam-se em sedes e postos, com aldeias de dez a doze famílias, com suas capelas, currais, plantações, etc., povoadas por posteiros, que domesticavam e tratavam os animais nos rodeios e cuidavam para que não fugissem. 

No Planalto, estâncias menores, próximas aos Sete Povos, invernavam o gado trazido pela Boca do Monte [atual Santa Maria] e pelo Boqueirão [atual Santiago], para o consumo dos povos. A criação missioneira assumiu o caráter de produção pastoril extensiva que foi herdado pelas futuras estâncias luso-brasileira, disseminadas na Campanha, nas Missões, nos Campos Neutrais e no norte do atual Uruguai.

Na região de Cruz Alta, a maior parte das estâncias jesuíticas estava localizada no 2o Distrito, onde situaram-se também nossos ancestrais.

A região mais Meridional de Cruz Alta, compreendendo São Martinho (depois Júlio de Castilhos e Tupanciretã) e, ao Leste da Povoação de Cruz Alta (Cadeado), devido a presença de campos abertos, propícios para a criação, eram tomadas por inúmeras estâncias Jesuíticas.

Muitas fazendas, possessões de tropeiros paulistas e rio-grandenses, herdaram os nomes e antigas Estâncias Jesuíticas, ou de seus Postos, e até hoje os conservam. Já campos ao Norte e Leste tinham matas, ervais e começaram posteriormente a serem povoados.

A quase totalidade dos campos de Cruz Alta estava sob a jurisdição da Redução de São João Batista, sendo que os campos de SÃO JOÃO e SÃO MIGUEL, compreendiam boa parte do 2º distrito, segundo a primeira divisão da freguesia de Cruz Alta.

Dentro da estância de SÃO PEDRO ficavam os postos de São Miguel Mirim, Santo Inácio, Tupanciretã, Durasnais de São Martinho e São João. Pertencia, ainda, ao Povo de São João Batista os postos de Santa Maria (Tupanciretã) e São João Mirim; a ESTÂNCIA DA CONCEIÇÃO, com os postos de São Francisco Solano, São João de Deus, São Domingos e Santo Antônio; a ESTÂNCIA DE SÃO MIGUEL, com os postos de São Pedro, São Fabiano, Santo Isidro, São José Tujá, São João Mirim, Santo Inácio, Menino Jesus e Santo Antônio.

Dados obtidos em: http://www.genealogiacorrea.com.br/GENTROP7.pdf


Fonte: http://www.nhecuanos.com.br/arti.htm


A economia pastoril dos Sete Povos, fortemente apoiada na extração animal, constituiu a pré-história das estâncias sul-rio-grandenses. Ao final de seu texto, Mario Maestri destaca que a 
grande diferença entre as duas sociedades foi o caráter do trabalho e da propriedade da terra, coletivo nas missões guaranis, privado nas fazendas luso-brasileiras. Para que, após a ocupação militar lusitana das Missões, em 1801, as estâncias coletivas guaranis fossem melhor repartidas em sesmarias privadas, exploradas com o braço escravizado e assalariado, era necessário que desaparecesse na memória histórica regional aqueles longos e estranhos tempos em que as pampas e os gados eram de todos, e não apenas de alguns poucos.
Leia o texto de Mário Maestri na íntegra no link http://www.novae.inf.br/site/modules.php?name=Conteudo&pid=1382