domingo, 6 de setembro de 2015

Albino Pereira de Lima





Contam Moreira e Matheus que, em 11 de janeiro de 1840 faleceu, aos sessenta anos, Albino Pereira de Lima, natural de Taquari. O velho Albino foi enterrado no cemitério de uma de suas duas estâncias, na localidade de Toropasso. Ele foi um dos primeiros sesmeiros da região onde foi instalado o município de Alegrete, tendo recebido carta de sesmaria do governador da Capitania, Dom Diogo de Souza, em 1814.

(http://www.revista.ufpe.br/revistaclio/index.php/revista/article/viewFile/131/100)

Albino era um dos potentados locais, tendo ligação com a parcela da elite alegretense que lutou na Revolução Farroupilha – como fica claro em seu inventário, onde a viúva e testamenteira, Dona Manoela Leocádia de Abreu, sua segunda esposa, declara que os escravos Américo e Salvador não deviam ser arrolados, pois se achavam junto ao Exército Republicano. Tudo isso é explicado no artigo dos referidos autores, no site indicado acima.

Será Albino ascendente de Albino Conceição de Lima, casado com Senhorinha da Cunha Lima, mãe da bisavó Zelia? Será mais um ascendente açoriano que iniciou a vida no Rio Grande do Sul, na região de Rio Parto, Santo Amaro e Taquari, esperando receber sesmaria na fronteira Oeste.

Albino Pereira de Lima, segundo aponta o referido artigo, casou algumas de suas filhas com outros indivíduos bem situados socialmente, caso de Dona Francisca Carolina de Lima, que contraiu matrimônio com Vasco José de Abreu e Dona Mafalda Francisca de Lima que desposou, primeiro, José Monteiro Mâncio e, depois do falecimento deste, o Coronel José Ribeiro de Almeida, irmão do Marechal Bento Manoel Ribeiro.

Albino Pereira deixou à Dona Manoela uma significativa fortuna (descontadas as dívidas, o monte-mor chegou a 121 contos). Dentre vários terrenos e casas no município, Manoela Leocádia herdou uma morada de casas na praça central, com oito janelas de frente, no valor de cinco contos. No segundo distrito Albino possuía duas estâncias, onde criava mais de 14 mil cabeças de gado, 1400 animais cavalares, 4 mil ovelhas, além de casas, mangueiras, outras benfeitorias e extensas terras. Ele ainda possuía outros bens nos municípios de São Borja e Rio Pardo. No inventário também constam 46 escravos.

Fico curiosa para saber se este senhor é meu ascendente, pois sei que o foi Albino Conceição de Lima. Em busca de informações sobre este último, pai da vó Zélia, vi que, em São Borja, em 1909, Albino Conceição de Lima, Major, Conselheiro Municipal, Dono de comércio na Gal. Osório, esquina Gal. Marques. Participou da instalação da primeira loja macônica de São Borja em 1898

Fonte
[http://www.lojaapariciomariense.org.br/site/index.php?option=com_content&view=article&id=116&Itemid=105]

Porém, para manter o sobrenome, Albino deve ser descendente de homens, e não de mulheres, já que estas adotam o sobrenome do marido... então, devo ir em busca dos filhos de Albino Pereira de Lima para testar a hipótese de que meu comprovado ascendente seja dele descendente.


Nenhum comentário:

Postar um comentário