sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Das ilhas ao continente




Comecei este blog para reunir informações sobre ancestrais que vieram dos açores para compor o povo do Rio Grande do Sul.

Os primeiros imigrantes, desde os açores, Eram "casais d'El Rey", também chamados de "casais de número". Passaram por Florianópolis, antes de chegar ao Rio Grande. Deslocaram-se para a fronteira Oeste desde Viamão e se arrancharam por longo período em Santo Amaro, próximo ao Rio Jacuí.

O trabalho de Adriano Comissoli, disponível em http://seer.ufrgs.br/aedos/article/view/10584/6224
mostra que os trajetos seguidos pelos açorianos para alcançar as Missões eram dois. Seguindo estes trajetos, podemos encontrar a localização geográfica dos casais estabelecidos no Rio Grande do Sul.

Quando o governador do Rio de Janeiro veio estabelecer os limites do Tratado de Madri, muitos dos homens dos casais açorianos foram obrigados a segui-lo na expedição demarcadora, indo por dentro da campanha até as Missões. O ataque dos índios missioneiros impediu a entrada nesse território, fazendo com que governador, expedição e ilhéus tivessem de recuar até o forte de Rio Pardo, que acabara de ser construído. Muitos açorianos chegaram a Rio Pardo desta forma e uma quantidade ainda maior permaneceu em Rio Grande, uma vez que a operação de transporte não se efetuou totalmente. 

Outra fração dos casais deveria ser conduzida para as Missões através de uma segunda rota. Dentre estes casais, estão meus ascendentes. A partir de Rio Grande, seguiam até a freguesia de Viamão, atravessando a Lagoa dos Patos em barcaças. Em Viamão, alojavam-se nas margens do lago Guaíba, esperando o transporte fluvial rio Jacuí acima. Subindo o Jacuí, com escala no armazém militar de Santo Amaro, deveriam prosseguir até Rio Pardo. Esta rota explica o porquê de encontrarmos grupos de açorianos espalhados ao longo do lago Guaíba e rio Jacuí.

As marcações no mapa a seguir mostram locais de nascimento de meus ascendentes, ao longo do tempo e do caminho do litoral ao continente.


O trabalho de Luisa Duran, disponível em http://nea.ufsc.br/files/2011/04/LUISADURAN.pdf, apresenta como se configurou no mapa a ocupação da província de São Pedro do Rio Grande, no período de 1747 a 1777.





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